Plásticos: uma parte de nós

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Plásticos: uma parte de nós 0) depósitos marítimos e terrestres de lixo plástico motivam extensas e acaloradas discussões, especialmente pelo extenso tempo para degradação que esse material exige, estimado em torno de 500 anosO embate estimulou corrida para  de equivalentes, todavia, mais suscetíveis às intempéries, para que se desintegrem mais rapidamente . Em outra frente, a reciclagem de plástico ascende brutalmente a níveis inimagináveis, evidentemente para criar mais do mesmo, ainda que isso evite sua deposição em aterros sanitários, ou pior, livres no meio ambiente. Porém, é estimado que nos aproximemos de 9 bilhões de toneladas de plásticos produzidos em todo o munão, dos quais, é,3 bilhões são agora entulhos, que mais que afrontarem pelo tempo que permanecerão, preocupam pelo que se transformam.

Os nanoplásticos são fragmentos menores que 0,001 mm, enquanto os microplásticos têm dimensões entre 0,001 e 5 mm, para os quais a preocupação imediata se derrama sobre aqueles invisíveis ao olho nu, suspensos no ar, espalhados sobre superfícies, facilmente agregados a fluxos de água. Originam-se sobretudo dos intemperismos nas superfícies dos vários plásticos espalhados por todo o planeja, íntegrado em pneus, pisos, móveis, cadeiras, garrafas, copos e incontáveis itens submetidos a atritos, modulações térmicas, químicas ou biológicas. E possível inalá-los, ingeri-los com a água, nas carnes de animais terrestres e marinhos, além de outros alimentos, mas também através da pele, com o uso de cosméticos.

O trato gastrointestinal e os pulmões são os órgãos nos quais estas partículas se depositam em maior extensão, porém, instalamse em vários outros, como fígado, rins, útero, placenta, testículo e pênis. São inúmeras as injúrias que podem resultar da presença de nano e microplásticos em nosso corpo, tais como processos inflamatórios, toxicidade, doenças autoimunes e cânceres. Contudo, talvez a mais inquietante angústia derivada dessa participação plástica em nosso corpo sejam Talvez a mais os derivados químicos. inquietante Muitas substâncias angústia derivada pertencentes a essas da participação estruturas, em quaisplásticaemnosso quer de suas dimencorpo sejam os sões, são facilmente derivados desgarráveis e extrequímicos mamente competentes para interferir na ação e produção de hormônios, preocupandoo transtorno gerado em alguns domínios cerebrais, desde a gestação até a vida adulta.

O bisfenol A (BPA) é bom exemplo. O composto íntegra a composição de alguns plásticos e é reconhecidamente capaz de transtornar setores do cérebro responsáveis pela saciedade e fome, sendo por isso acusado de compor na lista de causadores da obesidade. Estudos em comundongos fêmeas demonstraram que a exposição ao BPA em níveis de concentração que não ultrapassam aqueles considerados seguros para humanos, promoveu importantes alterações na sexualidade da prole, sem interferir na diferenciação das genitálias. Tais constatações permitem a suposição que o BPA possa atrapalhar a identificação de gênero em mamíferos, por ação antes do nascimento e/ou durante a amamentação.

Muitos outros compostos são suspeitos de alterarem perfis hormomais, sobretudo aqueles de embalagens plásticas que armazenam líquidos ou alimentos, e que, tal qual o BPA, são liberados pela mudança de temperatura. Talvez tenhamos perdido a janela para impedir esse ciclo, diante do estratosférico volume de plásticos no planeja, pois, fosse possívelabolir imediatamente sua produção, ainda muitos séculos se passariam em seu reinado. Essa realidade não deve desencorajar o reprocessamento e alternativas de substituição, mas o melhor status alcançado será sempre o dacontenção de danos, mantendo-nos com extraordinária dívida com as gerações futuras, paraas quais devemos obrigatoriamenteelaborar defesas e soluções para a inevitável participação corpórea desses indesejados elementos.

 

Fonte: https://www.info4.com.br/ver/exibir.asp?bA=MTg4MDc0Nw&YQ=MTU3NA&Yw=MTU3NA&b3JpZ2Vt=ZW1haWw=&ZGF0YQ=MjUvMDEvMjAyNQ